2+2=… Uma reflexão sobre nossa visão do mundo, do bem e do mal…

> Texto elaborado para a Live número 124 do Canal Nova Humanidade do youtube.

Após a leitura, a recomendação é voltar ao vídeo 61 – O bem e o mal (Episódio 8 da Série Espiritualidade).

Esse vídeo (o 61), está especialmente elaborado a partir dos tópicos 140 e 150 do livro Conversando Sobre Mointian.

A leitura dos tópicos ajudará a entender ainda mais o contexto.

Após, seria muito interessante voltar ao vídeo 41 – As 4 Hierarquias Planetárias (Episódio 2 da Série Espiritualidade). A compreensão sobre esses pontos ficará muito mais clara.

> A seguir, o texto da live 124, do dia 28/05/2021:

Quando, realmente, paramos para olhar o outro, nossa vida, nossas coisas?

Ah, eu olho, dizem alguns.

Mas, é sempre um olhar externo, não um olhar profundo, aquele que provém de uma reclusão, de um contato por uma meditação.

Isso que gostaria de deixar como reflexão.

Agora, se olhamos apenas superficialmente para as coisas das nossas vidas, e mesmo que convivendo com elas por anos, talvez até toda vida, imagina o que fazemos com o que desconhecemos, com o que é novo?

Apenas olhamos de maneira a ver no novo, o que sempre existiu. O que sempre esteve ao nosso alcance é o que podemos ver no novo.

É como aquela ideia do livro verde, sobre o engano que cometem os que querem construir uma nova humanidade baseando-se nos preceitos que não gostariam de ver lá…

E por aí vemos que tudo que entendemos do mundo é como já, de antemão temos uma ideia. Difícil é entender o sutil deixando os parâmetros. E assim é que deveríamos começar.

Sobre o 2+2

Se olhamos para o que é “evidente”, não parece ter sentido perguntar sobre o resultado de uma conta tão simples. É assim que se faz, é este o resultado, pois sabemos por experiencia. As contas dão certo assim.

Mas, quando falamos de outra dimensão, ou se agregamos a compreensão de outras possibilidades, não comprovadas, mas que podem ocorrer, ficamos pensando, refletindo, mas, ainda, de acordo com o que sabemos do resultado conhecido. Como é possível? Vamos perguntar.

Quando falam de matrix, ou de um mundo possível ou um mundo que não seja apenas a 3D, como viemos a ficar conhecendo, estamos falando ainda de 2 +2. Porque isso é o que, sempre falaram as filosofias antigas, as antigas tradições: a possiblidade de se entender o mundo, de se viver de interagir de uma maneira que não seja a usual.

Isso, ainda, é o dois mais dois.

Se falamos de algo que está além disso, onde o bem e o mal se confundem, pois os resultados que apresentam são os mesmos, então ainda falaríamos sobre a saída da matrix. Os dois, bem e mal, retiram da matrix, produzem um bem, um bem-estar, uma elevação da consciência e da vida, mas, são a mesma coisa quando, quando, e se pudermos, olhar desde acima.

Mas, aqui, no Mointian, falamos de uma transcendência dos que saíram da matrix. A matrix, seria a população que segue absorta no mundo, sem conseguir entender o que existe além do que está ao alcance dos sentidos. Os que se dizem espiritualistas, seriam os que “saíram da matrix”. Então, aqui no Mointian, e com o que se define como uma “nova espiritualidade”, seria a compreensão do que está além dessa espiritualidade geral, de que “saíram de algo comum”, mas que ainda respondem a uma ordem invisível.

Quando, hoje, eu envio essas informações para o mundo e o retorno ainda é a preocupação com o mundo em si, das definições e comparações com o mundo, parece que as informações ainda estão longe de se tornarem de fato conhecidas, atingidas.

Agora, vamos fazer uma caminhada de compreensão, comparando o que ocorre, por exemplo, nos relacionamentos. Quando vocês retornarem esse vídeo, poderão trocar “relacionamento” por: trabalho, família, aquisições etc.

Às vezes, eu vejo que me pedem uma energia para que as definições sobre a vida amorosa possam ser claras. Às vezes, a preocupação de uma pessoa está em saber se o namorado lhe será fiel. Isso é legítimo, especialmente em um namoro recente. Porém, a análise que deveria ser feita, seria a de tentar entender o porquê dessas questões, o porquê de os relacionamentos iniciarem com esse tipo de questionamento. No início de um relacionamento é sempre assim, faz parte deste mundo e das fases de amadurecimento. Agora, quando já são abusivos, desde o início, então algo há com a pessoa, com o que ela está atraindo e com o que está convivendo. Depois, isso se torna tão profundo, tão parte da vida, que ela vai trazendo, integrando em seu mundo, outro tipo de pessoa, porque já não necessita mais daquele tipo de experiência. Consegue uma nova forma de vida.

Assim, vemos um desenvolvimento, ainda inicial, ainda em nível da personalidade, ainda no nível da matrix, como alguns ainda insistem em dizer. Que nos traz uma significativa mudança de vida e de perspectiva, mas, que é simples e bem inicial. Aqui, podemos até sentir que uma resolução dessa natureza consegue atingir a alma, se identificamos na raiz daquele problema, que ele se refletia na vida de outros parentes, ancestrais, familiares. Isso é a amplitude de alma. Até aqui, ainda estamos na matrix.

Quando isso já se torna conhecido, seja mesmo por ouvirmos falar, ou por termos alguma indicação de vida, como uma experiencia que transforma e que nos impulsiona a outro patamar, então vamos entender o mundo, vamos entender a tudo, com outra visão, com outra forma de vida. Saltamos, e as pessoas, as dimensões de vida, mudam. Mudam as necessidades de entendimento, de sofrimento. O que nos fica, é a sabedoria de que até podemos viver e atrair pessoas parecidas com as anteriores, mas nossa compreensão, nossa capacidade de não estarmos absortos, envolvidos, abertos demais, é diferente. Entendemos que, se queremos viver algo, podemos viver. Mas, não estamos mais na dimensão do sofrimento, da vida que é cega, dirigida pela massa do mundo. Aí, temos uma responsabilidade maior, conosco mesmos, obviamente.

Assim, vamos crescendo e vivendo o entendimento do mundo, das coisas que podem vir de outras dimensões e que nos fazem entrar naquilo que é o fluxo da vida em si.

Quando vamos falar de bem e mal, precisamos ter o entendimento mínimo da natureza real das coisas. Porque, quando falamos de bem e mal, vamos inevitavelmente entender de acordo como que vivemos, com o que guardamos, com o que conseguimos absorver do mundo.

Se ainda estamos na dimensão do sofredor, o bem e o mal são aparentes, e são como 2 mais 2. Eles sempre dão o mesmo resultado, pois é assim que funciona no mundo.

Quando, resolvidos de nossas sequelas, e entendendo os processos mais internos, podemos entender que nem sempre o 2 quer ser 2 e o outro 2 talvez nem quisesse ser somado, mas multiplicado ou subtraído, então, entraremos numa tentativa de entender o plano do mundo como uma consequência de eventos que podem até ser neutros, quando uma ação criada, que aparentemente seria do mal, traz algo de crescimento para outro.

É como o que ocorre quando somos obrigados a nos confrontarmos com nossos medos ou mesmo com os desafios impostos, por nós mesmos, ou por um professor, por exemplo, ou um terapeuta. Precisamos ir além, adiante, precisamos entender. E assim, saltamos e vamos a outro patamar. Então, ao concluir a etapa, vimos que aquele mal aparente poderia ter sido um bem. E o 2 mais 2 não tem mais sentido.

Percebemos, nesses processos, ainda da personalidade, que muitas situações de bem e mal aparentes, podem esconder nuances que transformam um sofredor em manipulador (quando esconde de si mesmo uma situação que precisaria ser resolvida, uma agressão que não pode ser admitida) ou um agressor em uma pessoa reagindo contra seus medos (da mesma maneira, sem coragem para ver suas fraquezas, suas dores). Assim, o 2 + 2 se transforma, pois aqui os termos não são rígidos, eles dependem de uma profunda abstração, de uma análise inteligente, mas daquela inteligência que não está na aparência. Assim, entendendo os motivos, algo que só podemos fazer pelo exercício de estarmos acima, acima do problema, acima do apego pelo ponto de vista, podemos entender que um resultado matemático só ocorre quando precisamos desenvolver nosso contato com o mundo material. Já no campo do entendimento psíquico, essa conta pode ter outros resultados ou nem ter os termos que permitam a operação.

Assim, este vídeo fica como uma introdução ao que está na série espiritualidade, vídeo número 61, episódio 8, o bem e o mal. 48 minutos é importante. Tópicos 140 e 150 do livro azul.

Com essa ideia, podemos entrar em uma dimensão de compreensão acima do simplesmente lógico, de acordo com o que estamos vivendo. Lembrem-se que um sofredor sempre pensa na perpetuação do mal, pois ele quer que o bem vença. Quando ele encontra seus heróis, que possam fazer a justiça, ele não pensa nos caminhos que podem ter para que a soma do 2+2 ocorra….

Depois que virem esse vídeo e lerem esses tópicos, podem ir para o episódio 4, sobre as hierarquias do planeta. E, também, para o texto do livro azul que fala sobre elas.

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